Estatal distribuiu US$ 9,7 bilhões no segundo trimestre de 2022, aponta Janus Henderson; Vale, que ocupava a 9ª posição no trimestre anterior, saiu da lista
Após distribuir US$ 9,7 bilhões em proventos, a Petrobras (PETR3;PETR4) conquistou o título de maior pagadora de dividendos do mundo no segundo trimestre deste ano, superando empresas como Nestlé, Rio Tinto, China Mobile, Ecopetrol e Microsoft. No mesmo período de 2021, a estatal brasileira havia distribuído US$ 1 bilhão aos seus acionistas.
Os dados são da 35ª edição do Índice Global de Dividendos da gestora Janus Henderson, publicado em primeira mão pelo InfoMoney. O relatório analisa trimestralmente as 1.200 maiores empresas do mundo por capitalização de mercado, que representam 90% dos dividendos pagos globalmente. A gestora britânica tem cerca de US$ 300 bilhões em ativos sob gestão.
A petrolífera é a única empresa brasileira a figurar na lista das 10 maiores pagadoras de dividendos. A mineradora Vale (VALE3), que no trimestre passado ocupava a nona posição, perdeu seu lugar no topo do ranking.
Esta é a primeira vez que a Petrobras aparece entre os destaques e, segundo a Janus Henderson, provavelmente deverá integrar a lista das maiores pagadoras do mundo em 2022, a ser divulgada no início de 2023.
10 maiores pagadoras de dividendos no mundo no 2º trimestre
- Petrobras (PETR4;PETR3)
- Nestlé
- Rio Tinto (RIOT34)
- China Mobile Limited (C1HL34)
- Mercedes – Benz
- BNP Paribas
- Ecopetrol (E1CO34)
- Allianz
- Microsoft Corporation (MSFT34)
- Sanofi
Subtotal (US$ bilhões): US$ 61,7
Confira na tabela abaixo o histórico das maiores pagadoras do trimestre nos últimos anos

Segundo a pesquisa, os dividendos globais alcançaram um recorde no segundo trimestre, totalizando US$ 544,8 bilhões. Em termos nominais, o crescimento foi de 11,3%. Já em termos subjacentes (com ajustes devido ao efeito cambial e aos dividendos não recorrentes), o aumento foi de 19,1%.
A gestora destacou que 94% das empresas consideradas no índice aumentaram os seus dividendos ou os mantiveram estáveis no período. Além disso, os dividendos globais conseguiram superar os níveis pré-pandemia de Covid-19 e agora se encontram apenas 2,3% abaixo da tendência de longo prazo.
A Petrobras e as outras empresas brasileiras ajudaram a impulsionar o novo recorde no pagamento de dividendos globais, aponta a gestora. Os proventos brasileiros totalizaram US$ 10,4 bilhões no segundo trimestre de 2022, maior valor da série iniciada em 2009, contra US$ 4,2 bilhões verificados no segundo trimestre do ano passado.
Além da Petrobras, empresas como a JBS (que distribuiu US$ 465 milhões no segundo trimestre, segundo a Janus Henderson) e o Bradesco (com pagamentos de US$ 219 milhões) também figuram no Índice Global de Dividendos.
Por InfoMoney
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