
Na reta final de um período eleitoral que traz incertezas sobre a situação fiscal do Brasil em 2023, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, defendeu nesta quinta-feira que o país tenha regras que gerem credibilidade, ressaltando que a autoridade monetária usará em seus modelos o arcabouço fiscal que for eventualmente adotado à frente para definir sua atuação.
Campos Neto destacou que agentes do mercado no mundo têm demonstrado maior preocupação em relação a programas de governo que gerem aumento de gastos.
“O mundo tem dado recados. Se a gente observar o que aconteceu na Inglaterra nesta semana, geralmente os países anunciavam programas com forte componente fiscal e os mercados reagiam de forma positiva, e desta vez reagiram de forma negativa. É uma mensagem clara de que os agentes estão agora preocupados com como a conta vai ser paga”, disse.
À frente nas pesquisas de intenção de voto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já anunciou que pretende revogar o teto de gastos, sem deixar claro qual seria o novo regramento membros de sua campanha defendem uma ampliação de gastos.
Na segunda posição na disputa eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro já tem feito exceções ao teto de gastos e sua equipe avalia possíveis mudanças no arcabouço fiscal caso ele seja reeleito.
Em entrevista à imprensa após apresentação do Relatório Trimestral de Inflação, Campos Neto reafirmou que não aceitaria ser reconduzido ao cargo após o término de seu mandato em 2024, independentemente de “ser um presidente ou outro”.
Ele voltou a dizer que é contra o segundo mandato na presidência do BC, argumentando que a recondução gera riscos, uma vez que quem busca continuar no posto pode ficar sujeito a influências.
Por MoneyTimes
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